Sempre considerei a vida e a morte dois dos maiores temas da humanidade no curso da história. Acredito que desde que 'o homem é homem' ele tenta driblar a morte, observa-se esta pretensão do homem desde a época do antigo Egito, o próprio homem como ser cultural tentou imortalizar-se no correr dos séculos por meio de seus feitos, suas obras, a própria história para mim é tentativa do homem em perpertuar-se no tempo e fazer com que os grandes fatos construídos pelos homens não fossem esquecidos. O próprio Freud (1856-1939) afirmava que o ser humano ao procriar tenta uma vez mais driblar a morte e alcançar a imortalidade pois o filho nascido carrega um pedaço de si que persistirá após sua morte e será transferido a seus descendentes e assim por diante.
A morte foi um assunto que sempre evitei durante toda minha vida, mas, acredito que a morte de meu pai ano passado de certa forma me fez abrir os os olhos para a realidade inegável e implacável da morte. Não que eu acreditasse numa provável imortalidade de minha pessoa, entretanto via morte como algo distante, que me atingia pouco já que nos últimos anos poucas pessoas de minha família haviam morrido até que num piscar de olhos meu pai se foi vitimado por um câncer.
A partir do momento que meu pai 'partiu' comecei a ver a vida de outra forma, da importância de certos atos, de certas palavras, mas, ao mesmo tempo algumas vezes pensava na morte como uma injustiça, porquê algumas pessoa vão-se tão cedo? Meu pai não chegou a conhecer os netos, não viu os três filhos formados e deixou de ver muita coisa nesta vida, acho que esta revolta velada em parte deve-se após ver o estado de meu avô (pai do meu pai), refleti sobre a injustiça de um pai ter de sepultar um filho, automaticamente relembrei-me de uma passagem de 'O Senhor dos Anéis', um de meus livros favoritos, a passagem é quando o rei de Rohan, Theoden sepulta seu filho e fala a Gandalf da seguinte forma: "que mundo obscuro é este onde os velhos ficam e os jovens partem?'.
Mas, não estou aqui para falar especificamente da morte de meu pai só que a situação vivida por mim esta semana me fez em muito relembrar o que vivi quase um ano atrás. Um colega dele, cerca de uma semana atrás, submeteu-se a uma cirurgia para a retirada de um tumor, tudo indicava que a cirurgia seria um sucesso mas no final de semana passado ele voltou à UTI e ontem entrou em coma e provavelmente não voltará segundo os médicos.
Isto (re)abriu em mim uma intensa reflexão sobre a fugacidade da vida, sobre nossa missão aqui na terra e sobre o amor. Sempre que penso nisso vejo que a vida é muito curta para desperdiçarmos com coisas fúteis como pretender ser grande aos olhos da sociedade, ser rico, ser poderoso. A vida é um dom muito precioso para ser desperdiçado de uma forma tão imbecil como esta, depois de tudo que se passou comigo e com a minha família vi que a nossa verdadeira missão neste mundo é trazer felicidade a alguém e amar da forma mais intensa o quanto possível. Fecho este post com o fragmento de uma música do Dream Theater (a change of seasons): "colha os seus botões de rosa enquanto você pode, o velho tempo ainda está voando; e esta mesma flor que sorri, amanhã estará morrendo".
A morte foi um assunto que sempre evitei durante toda minha vida, mas, acredito que a morte de meu pai ano passado de certa forma me fez abrir os os olhos para a realidade inegável e implacável da morte. Não que eu acreditasse numa provável imortalidade de minha pessoa, entretanto via morte como algo distante, que me atingia pouco já que nos últimos anos poucas pessoas de minha família haviam morrido até que num piscar de olhos meu pai se foi vitimado por um câncer.
A partir do momento que meu pai 'partiu' comecei a ver a vida de outra forma, da importância de certos atos, de certas palavras, mas, ao mesmo tempo algumas vezes pensava na morte como uma injustiça, porquê algumas pessoa vão-se tão cedo? Meu pai não chegou a conhecer os netos, não viu os três filhos formados e deixou de ver muita coisa nesta vida, acho que esta revolta velada em parte deve-se após ver o estado de meu avô (pai do meu pai), refleti sobre a injustiça de um pai ter de sepultar um filho, automaticamente relembrei-me de uma passagem de 'O Senhor dos Anéis', um de meus livros favoritos, a passagem é quando o rei de Rohan, Theoden sepulta seu filho e fala a Gandalf da seguinte forma: "que mundo obscuro é este onde os velhos ficam e os jovens partem?'.
Mas, não estou aqui para falar especificamente da morte de meu pai só que a situação vivida por mim esta semana me fez em muito relembrar o que vivi quase um ano atrás. Um colega dele, cerca de uma semana atrás, submeteu-se a uma cirurgia para a retirada de um tumor, tudo indicava que a cirurgia seria um sucesso mas no final de semana passado ele voltou à UTI e ontem entrou em coma e provavelmente não voltará segundo os médicos.
Isto (re)abriu em mim uma intensa reflexão sobre a fugacidade da vida, sobre nossa missão aqui na terra e sobre o amor. Sempre que penso nisso vejo que a vida é muito curta para desperdiçarmos com coisas fúteis como pretender ser grande aos olhos da sociedade, ser rico, ser poderoso. A vida é um dom muito precioso para ser desperdiçado de uma forma tão imbecil como esta, depois de tudo que se passou comigo e com a minha família vi que a nossa verdadeira missão neste mundo é trazer felicidade a alguém e amar da forma mais intensa o quanto possível. Fecho este post com o fragmento de uma música do Dream Theater (a change of seasons): "colha os seus botões de rosa enquanto você pode, o velho tempo ainda está voando; e esta mesma flor que sorri, amanhã estará morrendo".
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