quinta-feira, 22 de abril de 2010

O caso Belo Monte

Antes de ontem o governo anunciou os vencedores da licitação para a construção da Unsina Hidrelétrica de Belo Monte, concretizando um sonho que há 30 anos rondava a Administração Pública brasileira, o vencedor foi o consórcio encabeçado pela construtora Queiroz Galvão (que na última campanha fez grandes doações ao PT e foi relacionada na operação castelo de areia da Polícia Federal que descobriu fraudes envolvendo as obras do PAC).

Levanto aqui o questionamento, será que essa usina é mesmo necessária?

Qual o motivo essencial de construir uma usina hidrelétrica no meio do ano onde se precisaria de mais de 1.000 Km de rede de transmissão para que a energia chegasse até nossas casas? Sem contar com o imenso custo humano em desalojar pessoas, destruir parcialmente um ecossistema e gerar imenso impacto ambiental.

Pesquisas mostram claramente que a energia a ser produzida pela usina de Belo Monte pode ser produzida por outros meios como, por exemplo, a energia solar e - o mais fantástico - por meio da biomassa resultante da cana-de-açúcar gerada pela safra deste ano da cana colhida no estado de São Paulo.

Acredito que temos de começar a repensar nossas fontes energéticas.

Apesar de todos afirmarem que temos fontes de energia limpas, sempre relacionando tais fontes com as usinas hidrelétricas, a construção de tais fontes, além de ser algo muito caro, envolve um enorme impacto ambiental, tal como destruição de matas ciliares, afogamento de animais e muitas vezes, destruição completas de algumas cidades.

Apesar do que se diz por aí, sou um defensor da energia nuclear (desde que utilizada de forma responsável), que é a que vai gerar menor impacto ambiental, apesar do lixo radioativo que produz.