sexta-feira, 13 de junho de 2008

1 ano de saudades


Hoje é um dia especialmente triste para mim. Um ano atrás, mais ou menos essa hora meu pai partia deste mundo, desde o primeiro momento que acordei que só penso nisso, foi um período muito doloroso.
Meu pai sempre foi um cara muito duro, casca grossa, mas aos poucos eu descobria a minha forma de gostar dele, era tido por muitos dos meus amigos como uma verdadeira figura e me custou muito aceitar a sua perda.
Quando da partida de alguém que gostamos muito sempre encaramos esta perda como uma injustiça, que aconteceu muito cedo ou que há alguma coisa errada. Prefiro aceitar a tese de minha mãe, que Deus é muito sábio e só quer com ele o que é bom, só traz a pessoa para junto de si quando ela está pronta, num estágio superior. Pensando assim, até me alegra pensar que meu pai se foi porquê Deus o queria mais perto por ele ser uma pessoa boa, preciosa, uma jóia.
Meu pai sempre foi um cara bastante saudável, o mais geração saúde de minha casa, mas, repentinamente, foi diagnosticado com um câncer e se foi um mês após o diagnóstico, quando penso nisso, lembro dos retardados efeitos maléficos do cigarro e o que ele fez a meu pai mesmo após ter parado de fumar há mais de 20 anos.
O que tenho a registrar aqui é minha imensa saudade e saudosismo pelo meu pai, foi difícil nos primeiros dias ao ir pra faculdade e não vê-lo na calçada com seus passarinhos como de costume, mas, o tempo é capaz de fazer todas as feridas sararem e transformar a mais profunda das tristezas na mais bela saudade, a dor passa por eu ter cada dia a certeza que ele está num lugar maravilhoso, sem dor ou sofrimento, longe de todas as preocupações futilidades terrenas, num plano superior com seus entes mais queridos...
Saudades pai...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O que estou lendo


As poucas pessoas que frequentam meu blog sabem que sou uma pessoa aficcionada por leitura, esta é para mim uma das mais valiosas heranças que meus pais me legaram e que pretendo transmitir a meus filhos no futuro.
Confesso que nunca fui muito chegado a biografias, seja lá de quem fosse, entretanto, abri uma exceção ao Eric Clapton, sempre fui fã confesso deste cara desde a primeira vez que ouvi o disco mtv unplugged de 1992 que para mim é uma das obras primas do blues na década de 1990.
Apesar de a tradução não ser lá essa maravilha e o livro poussuir vários erros de edição e de português, isto não impede que seja um ótimo livro com uma leitura muito gostosa.
Eu pensava que sabia bastante ou quase tudo que se poderia saber da vida de um dos meus guitarristas favoritos (foi por causa dele que tentei ser músico, sem sucesso, claro), entretanto, descobri várias coisas novas, a dimensão que pode ter uma amizade, no caso, a amizade ele e o Beatle George Harisson (que por coincidência é meu beatle favorito também), de quem, apesar da esposa roubada, a amizade persistiu e durou até a morte do último.
Ao saber mais a fundo da vida de um dos maiores e mais populares músicos do século XX é que descobri o porquê de Clapton sempre apresentar um semblante tão triste e que é possível reconstruir a vida independentemente do que venha a acontecer e, como a orelha do livro mesmo diz, ele é antes de tudo, um sobrevivente.
Só sabendo a fundo da sua real história de vida pude ver a sensibilidade deste homem que, tão bem como os mestres do Mississipi no início do século XX, sabe transformar a dor em beleza e os sentimentos mais íntimos em harmonia.
Recomendo a leitura, vale à pena...

Retorno

Gente, finalmente pude voltar hehehehe passei uma semana em Recife conhecendo o escritório onde irei trabalhar a partir da semana que vem e aproveitando pra fazer já alguns trabalhos e quando voltei, o pc tava quebrado e só foi consertado hoje, mas, tudo bem.
Semana passada vivenciei uma das experiências mais fantásticas da minha vida. Realizei a tão esperada defesa da minha monografia, uma expectativa que vinha sendo alimentada desde 2005 e um trabalho que vinha escrevendo desde novembro do ano passado. Durante a semana fiquei um pouco nervoso, ansioso, tive até que tomar uns calmantes por causa da ansiedade.
Na hora da defesa, tudo correu bem, contava com o apoio da minha família e dos amigos, então, o resultado não poderia ser melhor... nota máxima! Foi a primeira vez que me orgulhei em ter tirado um dez em toda minha vida. Segui-se a comemoração... não palavras para descrever como foi aquele dia.
Quero agradecer a todas as pessoas que ajudaram para que eu cumprisse mais esta tarefa e esta vitória foi especialmente dedicada ao pai que perdi um ano atrás, mas, sempre total e completo apoio para meus estudos e a minha mãe, sem a qual não seria nem a metade de quem sou, ao Grande mestre Agassiz que foi meu guia desde a primeira aula e me deu completo apoio e a todas as outras pessoas que me ajudaram durante estes 5 anos...
É muito gostosa essa sensação de dever cumprido!!!!