É com esta frase do ilustríssimo sociológo alemão Jürgen Habermas que faço a abertura deste post. O mesmo foi modelado após troca de mensagens com Sara, uma amiga de Valência.
É normal que com o passar dos anos movimentos revisionistas tentem estudar novamente certos fatos acontecidos no passado, principalmente quando falamos da história. Todavia, ultimamente temos passados dos limites do revisionismo histórico em muitos pontos.
Atualmente vários países inseriram este revisionismo nas escolas e faculdades. O exemplo mas claro disto é o fato de que na Inglaterra negar o Holocausto judeu deixou de ser crime e na Espanha o revisionismo histórico vem tentando ocultar os acontecimentos de um dos períodos mais negros de sua história, a ditadura franquista (1939-1975).
Dos revisionismos, considero o do Holocausto mais perigoso. Não há nenhuma dúvida que o mesmo tenha acontecido, negar um acontecimento que vitimou milhões de pessoas seria tentar tapar o sol com uma paneira, aliás, uma peneira gigantesca.
Diante do farto material probatório existente sobre o Holocasto (fotografias, depoimentos pessoais, campos de concentração, processos judiciais, imagens) nega-lo seria abrir espaço para que um acontecimento nefasto como este acontecesse novamente.
A importância da lembrança é justamente esta, fazer com que as gerações futuras lembrem-se do Holocausto judeu, do extermínio dos amênios, do apatartheid, da limpeza étinica da Iugoslávia, do extermínio dos indígenas americanos, dos aborígenes australianos e façam o possível e o impossível para que fatos negros, que fazem o ser humano envergonhar-se de si mesmo nunca mais se repitam, em nenhuma hipótese.
O revisionismo vem ganhando tanta força nocenário internacional que até chefes de Estado o tem apoiado (como é o caso do Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã). Na minha modesta opinião, a coroação do revisionismo histórico é o processo de beatificação do Papa Pio XII ter sido aberto pela congregação para a causa dos santos no Vaticano, ou seja, o homem que fechou os olhos da Igreja para o massacre de milhões de judeus pode vir a ser declarado como 'santo' por uma das instituições mais ifluentes do ocidente.
Em suma, o revisinismo não pode triunfar, uma vez mais, perdoar sim, esquecer jamais!