domingo, 6 de junho de 2010
Israel, o maior Estado terrorista do mundo
Na semana passado, o mundo todo ficou estarrecido com os atos praticados pelo exército israelense contra um cargueiro de uma ONG que tentava entregar suprimentos aos palestinos, estrangulados há mais de três anos por um bloqueio cruel instituído pelo governo de Israel, que, inclusive, dificulta a entrada de remédios e comida na Faixa de Gaza.
Ações como esta nos fazem refletir em quem é o terrorista da história, quem merece censura e quem merece ser reprimido.
Acredito que a figura dos palestinos é demonizada por grande parte da mídia internacional, vez que o movimento sionista internacional conta com poderosos colaboradores na imprensa e na política mundial (entre eles o governo dos EUA e da Grã-Bretanha). Os Palestinos, por sua vez, contam apenas com o apoio de alguns países e de alguns partidos de esquerda espalhados pelos mundo.
Se analisarmos o corrente conceito de terrorismo - emprego de táticas desvencilhadas de princípios éticos, violência física e psicólogica para a consecução de objetivos políticos - nos faz refletir se os terroristas são apenas os membros do Hammas, Hezbollah ou ainda se as duas partes dos conflito podem ser taxadas de terrosristas, pelo conceito corrente da palavra.
Se analisarmos o conceito histórico, as duas partes teriam "sua razão", mas, vejo os palestinos como desemparados, qualquer reação dos mesmos contra as atrocidades israelenses são denunciadas e condenadas, enquatos atos semelhantes (e muitas vezes piores) de Israel passam branco na impresa e na dinâmica política mundial.
Fica claro que tudo que Israel conseguiu até hoje em termos políticos (incluído aí a criação do Estado Judeu no Oriente Médio em 1948) foi consequência do Holocausto sofrido pelos judeus europeus durante a segunda guerra mundial.
A segunda guerra terminou 65 anos atrás, até quando Israel vai se esconder e tirar proveito político deste fato para cometer atrocidades sem ser sequer criticado? Acredito que o desenho no início do texto é uma eficaz representação do que tento dizer, lê-se claramente: "shhhhhh denunciar os crimes de guerra de Israel é antissemitismo" (tradução minha, inglês não é o meu forte, mas acredito que chega a ser decente). Quando chegará o dia em que o Estado de Israel terá responsabilidade por seus atos sem se esquivar no 'vitimismo' do holocausto? Por acaso, ser vítima de um holocausto 60 anos atrás legitima provocar um outro contra o povo palestino?
A partir de uma análise muito séria, vejo Israel, politicamente, muito mais equivocado que a OLP ou a autoridade palestina.
Houve uma resolução da ONU para criar o Estado de Israel como forma de reparação ao que aconteceu durante a guerra, mas, ao mesmo tempo que se criou Israel, tal resolução também previa um Estado palestino, ambos deveriam coexistir de forma pacífica e harmônica, mas, Israel acabou ocuoando e colonizando as áreas que foram destinadas aos árabes, dando aos mesmos a impressão de minoria em sua própria terra onde habitavam há gerações sem qualquer contestação.
Acredito que a resistência armada seguida pelos palestinos e encabeçada pela OLP é o ato de que qualquer povo decente faria quando se viu sozinho, sem apoio internacional e força política entre a diplomacia mundial para fazer valer o conteúdo da resolução e a criação do Estado Árabe da Palestina.
Será possível que para se garantir o Estado palestino precise ocorrer mais um holocausto - como efetivamente vem acontecendo com os árabes da palestina? Até quando a opinião pública continuará a fechar os olhos para a delicada situação dos palestinos? Até quando os palestinos serão generalizados como terroristas enquanto Israel, de forma ilegítima ceifa e ocupa a palestina árabe?
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